Burnout: Entenda as Causas, Sintomas e Como Evitar o Esgotamento Emocional
Buscar ajuda psicológica é um ato de coragem e autocuidado. A terapia não é apenas para momentos de crise, mas também uma ferramenta poderosa para o crescimento pessoal e o equilíbrio emocional ao longo da vida.
Por Divanilson França — Bem Na Mente
Apesar dos avanços da psicologia e da maior conscientização sobre saúde mental, ainda existe certo receio em procurar ajuda profissional. Muitos acreditam que a terapia é apenas para “quem está em crise” ou “não consegue lidar com a própria vida”. Essa visão é limitada e impede que pessoas busquem apoio preventivo e transformador.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial enfrenta algum tipo de sofrimento psicológico. A terapia, nesse contexto, é uma ferramenta preventiva e restauradora — ela não se limita ao tratamento de transtornos, mas ajuda o indivíduo a se conhecer, compreender suas emoções e desenvolver habilidades de enfrentamento.
A terapia é um espaço confidencial e ético onde o paciente pode falar sem medo de julgamentos. O terapeuta atua como mediador do processo de autoconhecimento, ajudando a organizar pensamentos e emoções de forma construtiva. Essa relação terapêutica é sustentada por empatia, escuta ativa e técnicas baseadas em evidências.
Na prática, o paciente aprende a identificar padrões de comportamento, reconhecer suas emoções e reformular crenças limitantes. Ao longo das sessões, o cérebro cria novas conexões — um processo conhecido como neuroplasticidade — que fortalece a autorregulação emocional e a resiliência.
Existem momentos em que o sofrimento psíquico começa a interferir na rotina, nos relacionamentos e na qualidade de vida. Alguns sinais que indicam a necessidade de apoio psicológico incluem:
Reconhecer esses sinais é o primeiro passo. O segundo é compreender que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de consciência e responsabilidade emocional.
Diversos estudos científicos mostram que a terapia cognitivo-comportamental, humanista e psicodinâmica apresentam resultados positivos em questões como ansiedade, depressão e estresse. Além disso, a prática terapêutica reduz níveis de cortisol (hormônio do estresse) e melhora a capacidade de atenção e tomada de decisão.
Em um estudo publicado na revista *Psychological Science*, pesquisadores observaram que pessoas em acompanhamento psicológico regular demonstraram aumento significativo na autopercepção e na sensação de bem-estar. Isso ocorre porque a terapia ajuda o cérebro a reinterpretar experiências passadas, diminuindo a intensidade emocional associada a elas.
Não existe “hora certa” para começar a terapia — o momento ideal é quando a pessoa percebe que sozinha não está conseguindo compreender ou lidar com o que sente. Quanto antes a intervenção ocorrer, melhor será o prognóstico.
Ao escolher um profissional, é essencial verificar se ele possui registro ativo no Conselho Regional de Psicologia (CRP). Além da formação, é importante sentir-se à vontade com o terapeuta, pois a confiança é um fator determinante para o sucesso do processo terapêutico.
Dica de Divanilson França: “A terapia não muda quem você é; ela permite que você se reencontre sem as distorções criadas pelo medo, pela culpa ou pelo passado.”
A terapia não se limita a tratar dores emocionais. Ela também é um espaço de autodesenvolvimento. Pessoas que buscam terapia para se conhecer melhor costumam desenvolver maior empatia, equilíbrio emocional e clareza de propósito.
Mesmo após a melhora dos sintomas iniciais, manter sessões periódicas pode ajudar a sustentar o bem-estar psicológico, prevenir recaídas e fortalecer a saúde mental ao longo da vida. Assim como cuidamos do corpo com alimentação e exercício, cuidar da mente é um investimento em qualidade de vida.
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