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Burnout: Entenda as Causas, Sintomas e Como Evitar o Esgotamento Emocional

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Burnout: Entenda as Causas, Sintomas e Como Evitar o Esgotamento Emocional O burnout é uma condição real, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Mais do que simples cansaço, ele representa o esgotamento físico e emocional causado pelo estresse crônico no trabalho e em outras áreas da vida. Por Divanilson França — Bem Na Mente O que é o burnout? O termo burnout vem do inglês e significa literalmente “queimar até o fim”. No contexto da saúde mental, ele descreve um estado de exaustão emocional, mental e física decorrente de uma exposição prolongada a situações de estresse, pressão e sobrecarga. Diferente do estresse pontual, o burnout é um quadro persistente que afeta o equilíbrio do sistema nervoso e o funcionamento do cérebro. Pesquisas em neurociência mostram que, quando o estresse se torna crônico, há uma hiperativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) , ...
A Neurociência da Autoestima: Como o Cérebro Constrói a Imagem que Temos de Nós

A Neurociência da Autoestima: Como o Cérebro Constrói a Imagem que Temos de Nós

Autoestima é um processo neuropsicológico que integra percepção, memória, emoção, comparação social e hábitos. Entender esse processo — e como treiná-lo — é caminho sólido para cuidar da saúde mental e do bem-estar.

Por Divanilson França — Bem Na Mente

Neurociência da autoestima — Bem Na Mente — Divanilson França
Neurociência da autoestima: redes neurais, memórias e hábitos moldando a autopercepção.

O que é autoestima sob a ótica científica

Autoestima é a avaliação estável e realista do próprio valor. Envolve crenças, emoções e comportamentos observáveis. Não é pensamento positivo genérico: é um conjunto de processos mensuráveis no cérebro, influenciados por experiências e contexto. Melhora com feedback de qualidade, hábitos que geram competência e vínculos seguros; fragiliza com comparações enviesadas, memórias negativas e rotinas que reforçam incapacidade.

Resumo: autoestima sólida nasce quando o cérebro aprende — por evidência repetida — que “eu consigo, aprendo e sigo em frente”.

Redes neurais e autopercepção

Córtex pré-frontal (CPF)

Planeja, monitora e reavalia pensamentos sobre si. Treino reduz impulsividade e fortalece autocrítica construtiva.

Amígdala

Processa ameaça e vergonha. Hiperativação aumenta medo de exposição e evita desafios.

Hipocampo

Organiza memórias e contexto, influenciando a narrativa de vida.

Rede do Modo Padrão

Autoavaliação e devaneios. Pode gerar insight — ou ruminação; atenção treinada reduz ciclos repetitivos.

Rede Executiva

Foco e metas. Transforma intenção em ação — base para autoestima sustentada em resultados reais.

Quando CPF (razão), amígdala (emoção) e redes de atenção cooperam, a autopercepção fica mais estável.

Memória emocional, comparação e narrativa

Memórias com forte carga afetiva “pesam” mais que elogios discretos; o cérebro privilegia sinais de ameaça. Mas memórias são reconstrutivas e podem ser reeditadas por novas experiências e interpretações. Em redes sociais, a comparação é enviesada pela “vitrine” alheia: treine referências justas (você vs. você de ontem) e busque feedbacks objetivos.

  • ✅ Diferencie sensação de evidência.
  • ✅ Reescreva a narrativa interna com fatos de competência.
  • ✅ Use métricas simples para acompanhar progresso.

Assim, a história que contamos sobre quem somos torna-se mais precisa e funcional.

Recompensa, motivação e neuroplasticidade

A autoestima alimenta-se da consistência entre intenção e execução. Circuitos dopaminérgicos sinalizam progresso e reforçam comportamentos que aproximam metas. Divida objetivos em etapas curtas com feedback frequente para sustentar motivação. Em paralelo, a neuroplasticidade permite fortalecer circuitos de autorregulação, atenção e identidade de competência em qualquer idade.

“Identidade é repetição + evidência.” — Divanilson França

Leitura relacionada: Neurociência da motivação: o papel da dopamina nas nossas decisões.

Protocolo prático em 6 pilares

1) Clareza de identidade e valores

Liste valores (ex.: aprendizado, contribuição). Conecte metas semanais a eles. A mente engaja mais quando a ação tem significado.

2) Metas observáveis + microvitórias

Troque “ser mais confiante” por “falar 1 vez na reunião”. Microvitórias liberam sinais de progresso e constroem eficácia.

3) Reestruturação cognitiva simples

Substitua rótulos globais (“sou incapaz”) por descrições específicas e plano de treino. O CPF aprende a rever previsões.

4) Rotina de competência

Hábitos diários curtos (15–30 min de prática dirigida) consolidam a identidade de quem “faz” e não apenas “pensa em fazer”.

5) Atenção plena aplicada

Treine presença para reduzir ruminação e impulsividade. Veja: Atenção plena: foco e presença.

6) Ecologia do ambiente

Sono regular, pausas, luz natural e menos distrações. Contexto que ajuda economiza energia e facilita autoconfiança.

Perguntas rápidas

Autoestima alta é nunca errar?

Não. É tolerar erros como dados de aprendizado e manter compromisso com metas e valores.

Dá para fortalecer autoestima sem “vontade”?

Sim. Ação gera motivação: microtarefas diárias criam evidências que o cérebro usa para revisar crenças.

Comparação social é sempre ruim?

Não. Compare-se com versões anteriores de si e com exemplos realistas; evite a comparação enviesada.

Autor: Divanilson França — Publicado em

© Bem Na Mente — O nome Divanilson França foi inserido no corpo do texto para reforço de autoria.

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