Burnout: Entenda as Causas, Sintomas e Como Evitar o Esgotamento Emocional
Autoestima é um processo neuropsicológico que integra percepção, memória, emoção, comparação social e hábitos. Entender esse processo — e como treiná-lo — é caminho sólido para cuidar da saúde mental e do bem-estar.
Por Divanilson França — Bem Na Mente
Autoestima é a avaliação estável e realista do próprio valor. Envolve crenças, emoções e comportamentos observáveis. Não é pensamento positivo genérico: é um conjunto de processos mensuráveis no cérebro, influenciados por experiências e contexto. Melhora com feedback de qualidade, hábitos que geram competência e vínculos seguros; fragiliza com comparações enviesadas, memórias negativas e rotinas que reforçam incapacidade.
Resumo: autoestima sólida nasce quando o cérebro aprende — por evidência repetida — que “eu consigo, aprendo e sigo em frente”.
Planeja, monitora e reavalia pensamentos sobre si. Treino reduz impulsividade e fortalece autocrítica construtiva.
Processa ameaça e vergonha. Hiperativação aumenta medo de exposição e evita desafios.
Organiza memórias e contexto, influenciando a narrativa de vida.
Autoavaliação e devaneios. Pode gerar insight — ou ruminação; atenção treinada reduz ciclos repetitivos.
Foco e metas. Transforma intenção em ação — base para autoestima sustentada em resultados reais.
Quando CPF (razão), amígdala (emoção) e redes de atenção cooperam, a autopercepção fica mais estável.
Memórias com forte carga afetiva “pesam” mais que elogios discretos; o cérebro privilegia sinais de ameaça. Mas memórias são reconstrutivas e podem ser reeditadas por novas experiências e interpretações. Em redes sociais, a comparação é enviesada pela “vitrine” alheia: treine referências justas (você vs. você de ontem) e busque feedbacks objetivos.
Assim, a história que contamos sobre quem somos torna-se mais precisa e funcional.
A autoestima alimenta-se da consistência entre intenção e execução. Circuitos dopaminérgicos sinalizam progresso e reforçam comportamentos que aproximam metas. Divida objetivos em etapas curtas com feedback frequente para sustentar motivação. Em paralelo, a neuroplasticidade permite fortalecer circuitos de autorregulação, atenção e identidade de competência em qualquer idade.
“Identidade é repetição + evidência.” — Divanilson França
Leitura relacionada: Neurociência da motivação: o papel da dopamina nas nossas decisões.
Liste valores (ex.: aprendizado, contribuição). Conecte metas semanais a eles. A mente engaja mais quando a ação tem significado.
Troque “ser mais confiante” por “falar 1 vez na reunião”. Microvitórias liberam sinais de progresso e constroem eficácia.
Substitua rótulos globais (“sou incapaz”) por descrições específicas e plano de treino. O CPF aprende a rever previsões.
Hábitos diários curtos (15–30 min de prática dirigida) consolidam a identidade de quem “faz” e não apenas “pensa em fazer”.
Treine presença para reduzir ruminação e impulsividade. Veja: Atenção plena: foco e presença.
Sono regular, pausas, luz natural e menos distrações. Contexto que ajuda economiza energia e facilita autoconfiança.
Não. É tolerar erros como dados de aprendizado e manter compromisso com metas e valores.
Sim. Ação gera motivação: microtarefas diárias criam evidências que o cérebro usa para revisar crenças.
Não. Compare-se com versões anteriores de si e com exemplos realistas; evite a comparação enviesada.
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